Emissora deverá anunciar nova estrutura do Miss Brasil até o final de agosto
Da redação TV em Análise

Fotos Getty Images, Case Assessoria e Reprodução/Sobre Miss
A Rede Bandeirantes desmentiu rumores de que teria devolvido a franquia brasileira do concurso de Miss Universo. Em nota, a emissora esclareceu que tem contrato assinado com a Miss Universe Organization desde setembro de 2011 e renovado desde setembro de 2017. A Band tem os direitos de TV aberta do Miss Universo, do Miss Brasil e de seus concursos estaduais até setembro de 2022. Esse compromisso encerra rumores de mudança dos concursos para a Globo, Record ou SBT.
Na quinta-feira (18), a Band rescindiu o contrato de naming right do Miss Brasil e dos concursos estaduais e municipais com a Be Emotion, marca de cosméticos da Polishop, que vinha se apropriando do Miss Brasil como fosse sua propriedade. Das 27 coordenações estaduais. 19 (70,37% do total) iniciaram o processo de retirada do naming right nos seus perfis de mídias sociais: Acre, Alagoas, Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.
Por ano, a Band paga US$ 2 milhões (R$ 7,5 milhões) de franquia à Miss Universe Organization, custeados pelos patrocinadores do Miss Brasil. Entre 2003 e 2014, esse custo foi bancado pelos patrocinadores que a Band conseguia no mercado. De 2015 a 2019, esse valor foi pago (e ainda está sendo pago) pela Polishop. A empresa de varejo está custeando o valor para inscrever a mineira Júlia Horta, 25, eleita Miss Brasil 2019 no dia 9 de março, na 68ª edição do Miss Universo, prevista para 27 de janeiro de 2020, provavelmente na Mall of Asia Arena, em Pasay (região metropolitana de Manila).
O desmentido de que a Band teria desistido do Miss Brasil e do Miss Universo para 2020 saiu no perfil especializado Sobre Miss. A gaúcha Maria Fernanda Schiavo, 36, responsável pela concurso de Alagoas, disse em vídeo que os 128 concursos municipais que já tiverem sido realizados ou ainda venham a acontecer e os três concursos estaduais já agendados – Goiás (21/10), Santa Catarina (24/8) e Sergipe (31/7) – não tem legitimidade para a definição das candidatas do Miss Brasil 2020. Band e Polishop mandaram parar os concursos municipais e estaduais antes da definição oficial.
De acordo com o texto, enviado diretamente ao Sobre Miss, uma nova empresa deverá assumir a organização do Miss Brasil e dos concursos estaduais e municipais. Até o final de agosto, será revelada a nova marca e nomenclatura da etapa brasileira do Miss Universo, que deve ganhar o nome de Miss Brasil Universo. Na hipótese de não haver grupo interessado na gestão do Miss Brasil, os coordenadores se juntariam para fazer o concurso nacional, para tentar pagar a taxa de franquia exigida pela MUO. O Brasil só este e ausente do Miss Universo em 15 de abril de 1990, em Los Angeles. O país iniciou sua participação no Miss Universo, em 24 de julho de 1954, em Long Beach. Desde então, obteve dois títulos, cinco segundos lugares, um terceiro lugar, dois quartos lugares, cinco quintos lugares e 22 classificações entre as semifinalistas. Ao todo, o país teve 37 classificações em 64 anos de participações no Miss Universo, que equivalem a um aproveitamento de 57,81%, o terceiro maior dentre os 34 países que já venceram o concurso desde sua criação, em 28 de junho de 1952, também em Long Beach.