Primeira vitória foi em 24 de julho de 1978, com Margaret Gardiner, no México
Da redação TV em Análise

Fotos Miss Universe Organization e Patrick Gray/AFP/Getty Images
Depois de 39 anos, quatro meses e dois dias, a África do Sul voltou a sentir o gosto de uma vitória no Miss Universo. Depois de passar por um período de suspensão por causa do regime de apartheid e ter sediado uma Copa do Mundo, a África do Sul passou a experimentar o modelo de coroa da empresa japonesa Mikimoto, aposentado em 2008. Enquanto a pendência jurídica com a empresa tcheca Diamonds International Corporation (DIC) não se resolve, Demi-Leigh Nel-Peters, 22, usará a coroa da Mikimoto nos compromissos oficiais e ensaios como Miss Universo 2017, título esse que obteve no início da noite deste domingo (26), no teatro The AXIS do Planet Hollywood Resort and Casino, em Las Vegas, após derrotar outras 91 candidatas.
Para que uma sul-africana vencesse o título de Miss Universo foram 14.370 dias de jejum de títulos e uma espera que seus compatriotas queriam que acabasse já a partir da decisão da própria Demi de ir ao Miss Universo e não ao Miss Mundo pelos problemas de calendário dos dois principais concursos de beleza do mundo. A confiança de Demi se mostrou tamanha que sua liderança na segunda avaliação geral e na avaliação final que o TV em Análise Críticas realizou para o Miss Universo 2017 foi inconteste. Não havia como reverter um jogo que já estava ganho desde sua eleição como Miss África do Sul 2017, em março. Muito se mudou nos quadros de avaliações, mas Demi-Leigh permaneceu intocada no quadro de 15 favoritas a uma vaga entre as semifinalistas, logo ampliado para 16. O benefício só se confirmou com a distribuição das semifinalistas por grupos continentais. O da nova Miss Universo englobava África, Ásia e Oceania.
Quando Margaret Gardiner tinha 18 anos na noite de sua eleição como Miss Universo 1978, em 24 de julho de 1978, o líder do Congresso Nacional Africano Nelson Mandela estava na cadeia e o apartheid só recrudescia a ponto de, em 1985, a Miss Universe Inc. suspender a África do Sul do concurso de Miss Universo até que a situação fosse toda resolvida. O país voltou ao Miss Universo em 1995 e desde então tem participado constantemente de todas as edições do certame. Desde a retomada, foram 12 classificações antes da vitória de Demi, do alto de sua confiança. Em 43 participações no Miss Universo, iniciadas em 1952, a África do Sul obteve 22 classificações entre as semifinalistas ou finalistas, o que equivale a um aproveitamento de 51,16%.