Certames terão fiscalização da Polishop e Ford Models e corrupção de coordenadores estaduais será combatida; venda de cotas de patrocínio segue incerta
Da redação TV em Análise
Assim que for finalizado, projeto do concurso seguirá para a MUO; participação da IMG Models, dona do Miss Universo, não está descartada
Em mais um capítulo da novela da realização do concurso Miss Brasil 2016, a Rede Bandeirantes postou na manhã desta sexta-feira (12) um comunicado no Facebook oficial da etapa brasileira do Miss Universo informando que o projeto está sendo finalizado. De acordo com a nota, a data para as aberturas das inscrições para os 27 concursos estaduais ainda será definida, assim como o cronograma dos certames (incluindo transmissões televisivas) e diretrizes artísticas a serem seguidas pela coordenação nacional e pelos diretores regionais. No ano passado, o então coordenador do concurso Miss Sergipe, Deivide Barbosa, violou essas diretrizes ao operar um esquema de manipulação de resultados da etapa local do Miss Brasil 2015, que foi anulada. Para assegurar a participação sergipana no concurso nacional, a Band organizou às pressas uma seletiva em Aracaju, que resultou na seleção de outra competidora. Para evitar problemas como esse, o consórcio responsável pelo Miss Brasil decidiu fechar o cerco aos coordenadores estaduais envolvidos em corrupção.
Todos os trabalhos serão executados em associação entre a Band, a empresa de varejo Polishop e a Ford Models Brasil. De acordo com fontes da direção da Band, o projeto, assim que finalizado, será enviado à direção da Miss Universe Organization, em Nova York, para apreciação. Não se descarta, no entanto, uma possível participação da IMG Models (braço de modelagem do grupo de entretenimento WME/IMG, dono da MUO desde setembro do ano passado, e principal rival da Ford Models na contratação de talentos) na produção das principais etapas estaduais do Miss Brasil 2016 – São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul. O restante dos certames continuará a ser tocado por coordenadores licenciados junto ao consócio Band/Polihop/Ford Models.
No entanto, o projeto rascunhado pela Band/Polishop/Ford aindea apresenta incógnitas em relação ao modelo de comercialização das cotas de patrocínio para o Projeto Miss 2016. Com a troca emergencial de comando para o Miss Brasil 2015, a Polishop se assenhorou de quatro cotas de patrocínio do certame e a Band teve um prejuízo de R$ 21 milhões com a não comercialização das cotas remanescentes, de um total de seis. Diretores da Band alegam que a ausência na vendagem do Miss Brasil 2015 para mais anunciantes (o que impactou também no concurso de Miss Universo, que ficou sem cota) é atribuída à crise econômica que atinge o país, inclusive nas empresas de comunicação.