Unidade da emissora que cuida dos concursos de beleza já trabalha com o nome de Miss Brasil Universo para segurar representação brasileira do concurso internacional
João Eduardo Lima
Editor e criador dos blogs TV em Análise
(Atualizado em 5/2/2016 às 18h59)
Falsários estariam usando faixa igual à de Brandt
A alta cúpula da Band já está preocupada com o surgimento de um concurso Miss Brasil paralelo ao que organiza desde 2012. Fontes da ex-direção da extinta Enter-Entertainment Experience informaram ao TV em Análise Críticas na manhã desta sexta-feira (5) que o concurso que vai eleger a representante brasileira no Miss Universo 2016 passará a se chamar Miss Brasil Universo, nome que o concurso já tem em seu perfil oficial no Facebook.
Em uma postagem publicada no sábado (30/1), a organização do MBU alertou aos fãs do concurso para o surgimento desse concurso paralelo, chamado Miss e Mister Brasil, que não é reconhecido por nenhuma organização internacional de concursos de beleza. O site deste concurso, de acordo com o Google, pode ter sido invadido depois da denúncia da Band. Na postagem, a emissora pediu aos organizadores desse concurso “para não adotarem um modelo tão parecido” quanto o usado por Marthina Brandt, 23, eleita Miss Brasil Universo 2015 na noite da quarta-feira, 18 de novembro, em uma casa de espetáculos da iniciativa privada de São Paulo.
Para valer a partir de 2016, a mudança no nome do Miss Brasil para o Miss Universo (de Miss Brasil para Miss Brasil Universo) precisa ser comunicada à Miss Universe Organization e sua empresa controladora, a WME/IMG. A medida deverá afetar também cerca de 400 concursos municipais e todos os 27 concursos estaduais.
A área jurídica da Band deverá trabalhar a partir da segunda-feira (15), logo após o Carnaval, para adotar as providências para processar os organizadores desse falso Miss Brasil, promovido pelo Sindicato Pró-Beleza (Sindicato dos Profissionais da Beleza e Técnicas), entidade com escritórios em Cuiabá e Rio de Janeiro. Os promotores desse suposto “evento” poderão responder por estelionato e falsidade ideológica. A pena para esse tipo de crime é de um a cinco anos de reclusão e multa. A Probeleza, por outro lado, trabalha para tirar da Internet fotos com as faixas que causaram a irritação da organização do Miss Brasil Universo. Por motivos éticos, o Críticas não irá publicar fotos com as faixas do “falso Miss Brasil” de um sindicato de fachada.