A dramédia de psicologia de grupo de Matthew Perry em Go On
Depressiva, a premissa de Go On (Warner, 5ª, 21h30, 12 anos) inaugura uma nova modalidade de sitcom, mais comprometida com o drama do que com a comédia em si. Sem piadas diretas, a trama idealizada por Scott Silveri (Friends, coprodução executiva, Joey, Casais Perfeitos/Perfect Couples) foca-se na psicologia de um locutor esportivo (Ryan King/Matthew Perry) para superar a viuvez. Terapia de grupo.
A exemplo de The New Normal e de Animal Practice (abortada da programação do Universal Channel assim que a matriz passou a sitcom à faca, em outubro passado), Go On recebeu tratamento de pré-estreia pela NBC durante as Olimpíadas de Verão de Londres, em 8 de agosto – registrou 16,10 milhões de telespectadores. Mas a história alerta: tal estratégia já fez mal à NBC após os jogos de Pequim, em 2008 – todas as séries promovidas à época foram canceladas.
Primeiro piloto da atual temporada a ter sido ordenado como série, Go On tem no combinado de divã + pauta de horrores da Sônia Abrão + terapia de grupo + ambiente de trabalho (a rádio em que King/Perry, de Freinds e da fracassada Mr. Sunshine) a fórmula perfeita para agradar os críticos e, ao mesmo tempo, cansar o telespectador. Isso, após 15 episódios já transmitidos por aqui (entre 19 nos EUA).
De sua aprovação no dia 20 de abril de 2012 até a queda livre recente de telespectadores, Go On parece entrar para o grupo de sitcoms da NBC que, a despeito de não conquistarem audiência nenhuma, cativam críticos. Na mão positiva, o texto de Silveri (presente em quatro episódios) e a atuação de Perry (que deve lhe dar sua quinta indicação ao Primetime Emmy). É o 30 Rock da psicologia. Até domingo.
Publicação simultânea com o caderno Notícia da TV do Jornal Meio Norte que circula no domingo (24/3)