O carnaval das mentes assassinas de The Following
Esmerada, a primeira porção de dois episódios da primeira temporada de The Following (Warner, 5ª, 22h45, 16 anos) mostrou que a trama criminalística idealizada por Kevin Williamson em cima de um ex-agente do FBI (Ryan Hardy, reparte de Kevin Bacon, em sua primeira série regular) que tenta desvendar a mente de um, serial-killer (Joe Carroll, papel de James Purefoy) mostrou serviço logo no começo. Um acerto.
Rastrear, farejar os passos de Carroll como quem fareja os números da Nielsen Media Research tem sido uma constante para a trama, que já assegurou de antemão a renovação para sua segunda temporada, tem sido uma constante para os cerca de 8 a 10 milhões de telespectadores conseguidos por episódio nesta fase inicial. Caçar os rastros de “never more” (nunca mais, na língua de Lázaro do Piauí) e as máscaras de Edgar Allan Poe transforma Following no fantástico show dos procedurals.
É admissível que a trama tensa e intensa de The Following entusiasme entre as promessas mil feitas pelas cinco principais redes abertas americanas nesta mid-season – da fraca Cult (The CW, a ser exibida em março pela HBO Plus) a produções já passadas à faca como Do No Harm (NBC) e Zero Hour (ABC). Excita dada a dose de cenas de gritos e tensão. Faz Poe virar Joãozinho Trinta.
Dirigida por Marcos Siega (com clipes de Blink-182, Paramore, System of a Down e Weezer na carteira, só para citar alguns), a dupla de episódios composta pelo piloto e pelo Capítulo 2 deu a Following ares de obra-prima, masterpiece, a ponto de angariar as indicações principais do Primetime Emmy. Principalmente para Bacon e Purefoy, em suas atuações. Coisas de gente da cultura da MTV. Até domingo.
Publicação simultânea com o caderno Notícia da TV do Jornal Meio Norte que circula no domingo (10/3)