A psicologia terrorista de Homeland e suas consequências
Temple Grandin, a burca e o olho do falcão
Sem recorrer aos chavões da medicina tradicional, o terror psicológico de Homeland (FX, domingo, 22h, legendado) se esmera na dinâmica da intimidação, encabeçada pela agente da CIA Carrie Mathison (papel que deu a Claire Danes seu terceiro Globo de Ouro, o primeiro por uma série regular) contra o pessoal da Al-Qaeda. Contra os inimigos do Tio Sam e a obviedade do drama de espionagem.
Sargento Brody (Lewis), um santo remédio
Contra essa coisa velha de Agente 86, Homeland, lastreada em um original israelense (Hatufim, traduzido de forma macarrônica na edição americana como Prisioners of War), mostra o circo de horrores da tortura pós-11 de setembro contra os prisioneiros islâmicos ligados ao terrorismo internacional. Não necessariamente assim. O soldado americano Nicolas Brody (Damian Lewis, Life) é retratado como um santo, pela premissa. Herói de tabloide.
Na foto, uma cena de Avenida Brasil: tripudiação
Sensacionalismo posto à mesa, Homeland (já comprada pela Globo para sistema aberto) reflete o espírito de drama que deve disputar indicação ao Primetime Emmy, em 23 de setembro. Uma? Duas? Três? Se levarmos em conta atores convidados (Jamey Sheridan, e James Rebhorn, que fez o pai de Carrie), direção, roteiro, maquiagem e elenco principal, a conta deve subir. E muito.
Baccarin: indicação ao Emmy à vista
Com a carioca Morena Baccarin na condição de coadjuvante (na trama, é a esposa de Brody, Jessica), Homeland pode dar ao Brasil sua primeira indicação ao Primetime Emmy americano. No chute, na maciota, a adaptação de Howard Gordon (24 Horas e a por aqui inédita Awake) e Alex Gansa (24 Horas, Dawson’s Creek, Arquivo X) deve ter entre 10 a 17 indicações. Aposta? Até domingo.
Publicação simultânea com o caderno Notícia da TV que circula no domingo (13/5)