Embalagem do The X Factor foge ao padrão American Idol
Um dos grupos que cantaram nas audições do X-Factor da FOX
Pense num reality musical cujas audições ocorrem ante a presença de uma vasta platéia. Pensou? Está se tratando do The Voice? Do American Idol? Do falecido Popstars? Pensou errado, leitor. Mas, se este mesmo leitor pensou que esta assepsia se aplica ao The X Factor (Sony, 3ª e 4ª, 22h), a ser exibido no Brasil a partir desta semana, e tem um nome-chave denominado Simon Cowell por trás, acertou.
A julgar pela propaganda apresentada até aqui, muito pode se perguntar o que raios vem a ser este tal de X Factor. Simples: trata-se do reality musical que, em sua edição original na Inglaterra, revelou gente da cepa de Leona Lewis. Achou pouco? Em sua essência, o The X Factor, importado da inglesa Freemantle pela FOX, nada mais é que uma competição de canto que envolve gente de 12 a 99 anos, grupos, e separação entre moças e rapazes. Vem mais.
Feito pela inglesa ITV em 2004 para esquecer o desastre de audiência que foi o Pop Idol (programa-matriz do Ídolos e do American Idol), The X Factor ganhou corpo para ganhar o mercado americano após os êxitos de Leona. Fazia algum sentido. Em resultados de audiência, o X Factor da FOX não chega ao pé do American Idol. É parte de um processo, mas há de se compreender sua fórmula.
Sem a barreira do limite de idade imposta pelo parâmetro do American Idol, The X Factor chega à TV paga brasileira com a sensação de promessa cujo resultado ainda demorará um certo tempo para ser assimilado, tanto por formadores de opinião (exceto os que vêem a novela das nove) quanto pela indústria fonográfica e programadores de rádio. É um caso a ser melhor entendido. Assistam. Até domingo.
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Publicação simultânea com o caderno Notícia da TV do Jornal Meio Norte que circula no domingo (9/10)