Ironia policial de The Good Guys passa longe da comédia
Em sua única temporada, a série policial/cômica The Good Guys (FX, 5ª, 23h) passa reto em seu propósito de comédia sobre um policial decadente (Dan Stark/Bradley Whitford) atuando ao lado de um novato (Jack Bailey/Colin Hanks). Fria em sua premissa, a trama de Matt Nix encontrou a sua queima de arquivo tanto na recepção de público quanto de alguns críticos americanos. Bola dividida ou televisão-arte?
Sem a pretensão de forçar a barra em comparar essa obra com Burn Notice (Bandeirantes e FOX), do mesmo roteirista, The Good Guys em seu episódio $ 3,52, exibido no dia 17 de março, chegou ao ponto da frieza de sua ironia. The Good Guys, em resumo, é trama policial nem para rir nem para chorar. Concentrada no combinado policial de bigode anos 1970/agente novato de investigação/padrão Burn Notice, melhor parar com os elogios.
Não adianta esconder os defeitos debaixo de um bigode
Sem o objetivo de ser um 30 Rock do mundo criminal, The Good Guys combina ação e comédia de uma maneira heterodoxa, paradoxal, complexa, filmada em Dallas e ambientada sob um sol tórrido de um verão que parece não terminar por lá. Aliás, o verão americano de 2010 foi uma péssima escolha para a estréia da trama, regada à formula baixo custo – algum impacto. Ou pior, quase nenhum.
Com telespectadores em fuga nas férias escolares do meio de ano, The Good Guys chegou à fall-season como trama feita apenas para cumprir tabela, ocupar espaço. É o que, em jornal como este, se chama de cascata. Resumindo: Matt Nix fez de The Good Guys a grande cascata da summer-season americana passada, regada a estréias em canais a cabo, como a premiada The Big C, cá exibida pela HBO. Até domingo.
Publicação simultânea com o caderno Notícia da TV do Jornal Meio Norte que circula no domingo (3/4)